Pesquisar este blog

sexta-feira, 5 de abril de 2013

19 Anos Sem Kurt Cobain

- Líder do Nirvana se matou há 18 anos

Imagem: Divulgação/Acervo Rock On!
Há 19 anos Kurt Cobain se matou e pôs um ponto final na trajetória do Nirvana. Mas os pouco mais de dois anos que o grupo passou sob os holofotes foram o suficiente para deixar um marco radical em todo o rock feito nos anos seguintes.

É difícil explicar para alguém mais novo o quanto o surgimento da banda foi impactante no início dos anos 90. Também foi complicado convencer muita gente que já tinha certa idade na época como eles estavam mudando as coisas. Para os primeiros a banda pode ser ótima, mas talvez eles não a achem tão diferente de outras milhares que surgiram desde então. Para muitos do segundo time ou o grupo simplesmente trouxe um som barulhento, gritado e mal tocado para as paradas ou senão só imitou uma série de grupos do underground que nunca chegaram lá.

Mas para quem tinha a idade certa a chegada do Nirvana foi libertadora. Para os poucos fãs de "rock alternativo" que existiam por aí rolava a sensação de que "finalmente uma banda das nossas chegou lá" e para quem só ouvia as músicas das paradas um novo mundo se abriu. Mais fundamental ainda, foi o fato do Nirvana ter sido a primeira banda do coração de muita gente que hoje está na faixa dos trinta anos. E podem acreditar, a primeira banda do coração dura pra sempre e ajuda a moldar o seu futuro.

Quando surgiram com Bleach em 1989 o máximo que a gravadora Sub Pop Records esperava do Nirvana era um certo sucesso no underground e guetos de indie rock. O som era gritado, visceral e nem um pouco comercial. Mas ao mesmo tempo faixas como About A Girl mostravam que Cobain tinha uma sensibilidade pop que mais para a frente poderia desabroxar.

Imagem: Divulgação/Vaga-lume/Hollywood Records
O Nirvana assinou com uma grande gravadora em 1991. Não que isso tenha sido algo inédito. Periodicamente os grandes selos pegavam alguns valores dos selos independentes para ganhar prestígio e ver se eles conseguiam ir além de seu nicho. A Hollywood Records esperava vender algo em torno de 250 mil cópias de seus novos contratados. Quando Nevermind ficou pronto no final de 1991 ficou claro que ele poderia ir mais longe, afinal o álbum mantinha o peso e a visceralidade que agradou quem comprou o primeiro álbum, porém com mais clareza e acessibilidade para não assustar o grande público.

A resposta de Cobain para tudo isso foi o disco seguinte. In Utero era bruto, estranho e permado por uma eterna melancolia. Claro que mesmo que quisesse ele não conseguiria sabotar seu talento de criador de bom pop, vide Heart Shaped Box, mas uma audição mais atenta mostrava que alguma coisa estava errada.

No começo de 1994 o grupo embarcou naquela que seria sua turnê final. Em 04 de março os jornais noticiaram que o líder do Nirvana estava em coma após misturar champanhe com o poderoso calmante Rohypnol. Foi sua primeira tentativa de suicídio ainda que a mídia tenha tratado o caso como overdose acidental. Recuperado Cobain voltou para Seattle. Cada vez mais deprimido e entregue às drogas o músico estava mais e mais recluso. Para piorar a situação, a sua mulher Courtney Love estava ausente, ocupada com o lançamento do disco de sua banda, o Hole.

Nos primeiros dias de abril Cobain foi visto perambulando por Seattle ainda que seus amigos e parentes não soubessem dizer o paradeiro do músico. No dia 03 Love contratou um detetive para tentar localziar seu marido. Quatro dias depois os jornais noticiaram que o Nirvana não iria mais se apresentar no Lollapalooza e que a banda provavelmente estava acabada. Em 08 de abril o corpo de Cobain com uma bala na cabeça foi localizado pelo eletricista que havia sido contratado para fazer reparos na casa do casal Kurt/Courtney. O legista calculou que ele estava morto há três dias.

Cobain pode ter partido mas a semente que plantou seguiu bastante viva. E toda banda que consegue sair do underground e atingir as grandes massas sabe que, mesmo sem querer, deve um bocado do seu sucesso ao Nirvana e o caminho por eles aberto há quase vinte anos.


Por: Ana Lúcia Torres & Flávio Vivório Salles

Aqui vai nossa homenagem ao Kurt Cobain. Nosso rockeiro-foda preferido. R.I.P. Kurt. Nós te amamos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário